segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não estamos mais naqueles dias.

Uma amiga tá sofrendo de algo que nenhuma mulher deveria sofrer: endometriose. Ela tem sentido muitas dores e corre o risco de se tornar infértil. Detalhe: ela tem apenas 28 anos e ainda não teve filhos.


A principal causa da endometriose é que, durante a menstruação, células do endométrio, camada interna do útero, sejam enviadas pelas trompas para dentro do abdômen. Há evidências que sugerem ser uma doença genética, outras sugerem ser uma doença do sistema de defesa. Na realidade sabe-se que as células do endométrio podem ser encontradas no líquido peritoneal em volta do útero em grande parte das mulheres. No entanto apenas algumas mulheres desenvolvem a doença.


A ginecologista da minha amiga, também nossa amiga, foi categórica ao afirmar ser totalmente contra mulher menstruar. Segundo ela, nossas bisavós e avós não menstruavam mais que 40 vezes durante a vida e hoje qualquer menina de 17 anos já atingiu esta marca. Por isso não havia problemas tão recorrentes na saúde da mulher. E ela ainda alertou pra dois gravíssimos problemas: um é que muitas mulheres carentes perdem suas vidas por anemia – sim, isso ainda é muito comum no mundo todo, inclusive no Brasil – e que poderiam ter suas vidas poupadas se simplesmente não perdessem sangue, ou seja, não menstruassem. E a outra é a questão do lixo, tente pensar quanto de absorvente é jogado fora diariamente no mundo todo. Se for difícil, tente imaginar isso apenas no seu bairro. Sendo que absorventes são feitos com materiais 100% sintéticos e considerado lixo não reciclável.


Enfim, já estamos numa questão de saúde pública. E quase nada é dito nos veículos de comunicação. Nada é discutido no congresso nacional. E nenhum pedido de opinião é feito à classe médica a este respeito. Você tá achando que tô exagerando? É porque não viu como minha amiga tremia de dor e como seus olhos mostravam a falta de esperança por correr o risco de não poder mais ser mãe.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Espere sua vez, por favor.

Fila, fila e mais filas. Fila é sempre assim, uma atrás da outra na rotina de nossos dias.


E hoje não foi diferente. Tive que ir ao banco sacar dinheiro – pois roubaram meu cartão – pra poder passar no supermercado mais a noite e, claro, encarar outra fila.


Na fila do banco, uma agência relativamente calma, estavam pessoas de todo tipo. Tinha um cara alto e gordo e, por isso, nem preciso dizer que era espaçoso. Falava quase ao berros no celular, se mexia sem parar e entre uma troca de apoio nas pernas e um grito de alô, erguia a calça que insistia em cair. Tinha também uma senhora, típica tiazinha, com suas contas, sempre em dia, que evitava o caixa-eletrônico, mas ficava ansiosa na fila pra idosos e justamente por isso se apertava à pessoa da frente, ou seja, outro senhor que se apertava ao primeiro, como se isso desse a sensação de serem atendidos mais rápido. E sem falar no motoboy, como capacete semi-vestido na cabeça (saca quando coloca deixando a cara pra fora?) e uma pasta cheia trabalho pro caixa do banco.


Por que temos tantas filas? Eu pelo menos as detesto. E pior, hoje a noite ainda tem a do supermercado, que costuma ser ainda mais chata que a do banco.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pensamento

O que difere a beleza da feiúra é o sentido.


A beleza está sempre indo, enquanto a feiúra, vindo.