terça-feira, 2 de junho de 2009

Trabalhar é bom, muito bom!

Hoje, terça-feira 2 de junho, não fui trabalhar. Acordei um pouco mais tarde, tomei meu café lentamente e, literalmente, me joguei no sofá da sala de TV.


O assunto em quase todos os canais abertos e de notícias era o acidente com o avião da Air France. Fiquei zapeando e não consegui encontrar um canal na TV aberta que desse pra assistir. Todos, exatamente, todos os apresentadores falam sem parar repetidamente o mesmo assunto e pior, ainda colocam GC na tela dizendo o que eles tão falando. É um excesso de repetição. Cansa. Mas o pior mesmo é a falta de educação e o despreparo (pra não falar em carência, egocentrismo, infantilidade) dos apresentadores. Todos os programas que abordavam o assunto Air France convidaram especialistas em vôos, em segurança aérea, em investigação de acidentes, etc., para darem seus pareceres a cerca do ocorrido, mas a Ana Maria Braga, o Datena, a Silvia Popovic e outros que nem o nome eu sei, me parece entender mais do assunto que os próprios especialistas, já que só eles falam. E falam de forma desencontrada, atropelando quem esta com a palavra e mais, não prestam sequer atenção no pouco que é dito pelos verdadeiros entendidos do assunto.


Não sei o que acontece com a TV brasileira, mas é cada vez mais corriqueira essa celeuma descabia, onde a impressão que fica é de que quem fala mais é melhor. Basta assistir os programas apresentados por Faustão, Jô Soares, Milton Neves, Luciano Huck e, claro, os três apresentadores citados acima. Mas outro detalhe é fato: tá cada vez mais difícil assistir TV aberta, prova disso é a contínua queda da audiência. E o que mais me surpreende são os diretores das emissoras que não sabem o que fazer pra alavancar a visibilidade de seu canal. Sem falar nos chatérrimos merchandising que entram a cada cinco minutos, mas isso é uma outra história, com tanto ou mais falatório.


O trabalho dignifica o homem, acho vago afirmar. Mas afirmo com absoluta certeza que, se trabalhando o homem se mantém longe desses programas de TV, então o trabalho não deixa a dignidade do ser humano em risco.